quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Por que sofrer? (II) As consequências dos pecados públicos

Por que sofrer (II)? As consequências dos pecados públicos Publico abaixo a continuação do texto anterior, que tratou da expiação dos pecados públicos cometidos pelas nações. A clareza de visão intelectual do Pe. Remler, que publicou as linhas abaixo são tão impressionantes, que o que ele escreveu até parece uma profecia, tão bem se aplica aos nossos dias. No último post da série, a ser publicado em seguida, ele tratará sobre o sofrimento do inocente dentro de uma sociedade pecaminosa. “Nem é sempre necessário que Deus mande esse castigo para os pecados públicos como Ele enviou o dilúvio e a destruição de Jerusalém. Há muitos pecados que contêm em si mesmos as sementes de um futuro sofrimento público, como a semente do carvalho contém a gigantesca árvore. Se esses pecados prevalecerem por um tempo suficientemente longo, sem freio e sem arrependimento, eles devem produzir condições tais na ordem social de forma que tornem certas calamidades inevitáveis. Tome o caso, por exemplo, do pecado da educação sem Deus, ou seja, sem religião. Onde tal sistema for adotado, os seguintes resultados deverão ocorrerão: depois de duas ou três gerações, o conhecimento de Deus desaparecerá mais ou menos completamente entre o povo; o sentido do certo e do errado será perdido; o bem será chamado mal, e o mal, bem; não haverá respeito à lei moral; a depravação da juventude crescerá mais e mais; a desonestidade e a corrupção prevalecerão nos negócios, nos tribunais, nos legisladores e no próprio governo; tributos serão sonegados ou desaparecerão nos bolsos de inescrupulosos; grandes despesas serão necessárias para manter o número crescente de asilos, tribunais juvenis, reformatórios e prisões; não haverá segurança para honrar a propriedade e a vida; as relações entre o capital e o trabalho serão pressionadas até o máximo, de maneira que a violência e o derramamento de sangue serão inevitáveis; a vida familiar será perturbada pelo adultério, divórcio e amor livre; rivalidades nacionais, invejas e ódios, provocados por cobiça comercial crescerão cada vez mais intensamente, até que levem a guerras internacionais com sua miséria indescritível para milhões. As nações que semeiam vento colhem tempestade. Os pecados públicos e nacionais devem ser expiados neste mundo pela simples razão de que não podem ser expiados no próximo. No mundo vindouro, famílias, cidades, províncias e nações não continuarão a existir como corporação. Lá, homens e mulheres existirão apenas como indivíduos, sem estar unidos por vínculos sociais, civis, políticos e nacionais, que são necessários nesta vida para o bem-estar e a preservação da raça humana. Na eternidade, eles gozarão individualmente dos frutos de suas vidas na terra – os bons possuirão o Reino de Deus no Céu, ao passo que os perversos sofrerão por seus atos maus no fogo do Inferno, que não pode ser debelado. Mas como os pecados públicos requerem expiação pública, e como essa expiação não pode ser feita na próxima vida, fica claro que ela deve ser feita deste lado da cova”. (Continua) (Why must I suffer, Pe. F.J. Remler, C.M., Loreto Publications, 2003, pp. 10-11).

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