domingo, 20 de agosto de 2017

Pio XII era racialista

Pio XII era racialista

No fim da guerra, no momento em que os exércitos americanos, franceses e britânicos estavam indo em direção a Roma, o Papa Pio XII declarou que receava a chegada das tropas aliadas "mestiças". Em 26 de janeiro de 1944, o Papa Pio XII despachou seu Secretário de Estado, o cardeal Luigi Malgione, do lado do embaixador da Grã-Bretanha, próximo à Santa Sé, sir Francis Godolphin d’Arcy Osborne, para lhe apresentasse um surpreendente pedido para a atenção do comando das forças aliadas, o qual dizia em substância que:
«O papa espera que não haverá soldados de cor no seio das tropas aliadas que serão posicionados em Roma após a liberação».


(Telegrama enviado e pedido de Pio XII em 26 de janeiro de 1944)


Francis Godolphin d’Arcy Osborne
Sir d’Arcy Osborne transmitiu imediatamente, por telegrama, o pedido do Santo Padre ao comando das forças aliadas. Em outro lugar, o diplomata adicionou essa minúcia que mostrava toda a importância que Pio XII conferia a essa exigência: « a Santa Sé não fixa o limite do grau destas pessoas de cor, mas espera que seu pedido será levado em conta ». Quando chegou o telegrama, o estado maior aliado ficou surpreso e embaraçado, pelo que visava o pedido do soberano pontífice, não somente os soldados afro-antilheanos e afroamericanos, mas também argelianos e marroquinos, quer dizer uma grande parte das tropas engajadas na reconquista da cidade eterna, até então nas mãos dos alemães. Mas, o que não é surpreendente, é que a decisão foi tomada no sentido de não alterar em nada a composição racial das tropas, para grande prejuízo do Santo Padre. Consignado nos arquivos do Foreign Office, o telegrama de sir d’Arcy Osborne foi por muito tempo ignorado, antes de ser exumado recentemente, suscitando debates públicos na Itália e nos Estados Unidos. Em março de 2000, no célebre programa Sessenta Minutos, o padre Gumpel, advogado encarregado do dossiê de beatificação de Pio XII, pego sem sustentar a defesa de Pio XII e justificar seu pedido para o fato que ele havia sido informado de numerosos casos de violações cometidas pelos G.I.’s afroamericanos sobre as mulheres italianas.

Sete anos mais tarde, quando a imprensa transalpina se refere, por sua vez, ao telegrama de sir d’Arcy Osborne, o diário conservador Il Giornale voa ao socorro do papa, explicando igualmente que Pio XII não era racista, mas que havia feito, na circunstância, nada mais que aplicar o sacrosanto princípio de precaução. Convém recordar, que antes de se tornar papa, Eugenio Pacelli foi núncio apostólico na Alemanha, onde testemunhou a quantidade de roubos, violações e de assassinatos cometidos pelos «coloniais» do exército francês, durante a ocupação da Renânia, após a Primeira Guerra Mundial. Pio XII queria, por conseguinte, agindo assim, evitar que estes mesmos fatos se reproduzissem, mas desta vez em grande escala, sobre o solo italiano. De resto, quando era núncio apostólico na Alemanha, Eugenio Pacelli, o futuro Pio XII, tinha se associado à campanha internacional do governo do Reich contra os soldados negros do exército francês, estacionados no país, acusados de espalhar a sífilis. Melhor ainda, Eugenio Pacelli apoiará com firmeza o protesto da Liga Feminina da Renânia que denunciava a abertura, pelo Estado-maior francês, de casas fechadas, onde as mulheres eram excessivamente sujas pelos «indígenas», afronta para as mulheres brancas, fossem elas prostitutas, livres assim da bestialidade dos soldados negros, e suplicou a Pio XI, o papa de então, para agir o mais rapidamente possível, a fim de sensibilizar o mundo para esta «vergonha negra», e de obter das autoridades parisienses «a retirada das tropas francesas de cor».

É, por conseguinte, o mesmo cenário que Pio XII não queria ver reproduzir-se na « liberação » de Roma, em junho de 1944, e os soldados negros que, malgrado o pedido de Pio XII, ocuparam a capital italiana, também foram objeto de protestos do antigo cardeal que se tornou pontífice, notadamente porque freqüentavam assiduamente os bordéis, um dos quais nas proximidades do Vaticano, situado no n°186 da via Babuino. Pio XII, que achava a coisa ofensiva à moral, obteve então o fechamento do estabelecimento. Nota-se que Pio XII, por preocupação de um grande rigor moral, detestando o vício e fornicação, a impureza e o abrandamento dos costumes, desejava que os aliados não livrassem Roma, para nela introduzir soldados não europeus, à licença generalizada deixando desenrolar-se nos muros da capital da catolicidade e quase sob as janelas do Vaticano, as cenas absolutamente indecentes e escandalosas. (*)

(*) Nossa sociedade hipócrita luta por uma sociedade sem preconceitos e estabelece duras sanções para quem pratique, induza ou incite diferentes tipos de preconceitos. Uma luta estéril e estúpida quando aplicada sem as devidas cautelas, pois da mesma forma que existem preconceitos arbitrários, que reproduzem apenas uma maneira específica de ofender determinados grupos, existem preconceitos justos, baseados na experiência e, portanto, norteados por cálculos psico-sociais que acabam por se aproximar da virtude da prudência, como é o exemplo ilustrado neste tópico. Pio XII não foi um racista em si, ou seja, não conservava aversão a outras raças, o que é um pecado, mas pecado não é conservar certos preconceitos raciais desde que não sejam arbitrários. Ora, hoje a ciência prova que níveis mais altos de testosterona no sangue estão implicados na tendência a maiores explosões de agressividade, e, por conseguinte, na prática de crimes violentos, especialmente crimes sexuais. Níveis de testosterona explicam por qual motivo homens jovens estão desproporcionalmente representados em estatísticas de crime, por que homens praticam mais crimes que mulheres e explicam em parte por que negros praticam mais crimes violentos que brancos, já que sua taxa média de testosterona no sangue é 19% maior, motivo pelo qual costumam sofrer mais de câncer de próstata. Sendo assim, o preconceito racial do Santo Padre tinha lá seus fundamentos. Conforme já discutido em vários artigos, em especial "Uma apologia ao preconceito", minar certos preconceitos acaba por colidir com o princípio da autoconservação da espécie, de maneira que uma lei que promete proibir todo tipo de preconceito em âmbito social é uma lei que além de pretensiosa é anti-natural. Chamo de início a sociedade de hipócrita, pois ainda que ela diga não conservar preconceitos, não o faz da boca pra fora, mas conserva-os internamente. Por isso é uma sociedade efeminada, sem coragem para dizer a verdade e que luta contra a verdade.

Titulo original: Pio XII sustentava preconceitos raciais
(alterado para melhor compreensão)


Fonte: roberto-cavalcanti.blogspot.com.br

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