Pio XII era racialista
No fim da guerra, no momento em que os exércitos
americanos, franceses e britânicos estavam indo em direção a Roma, o Papa Pio
XII declarou que receava a chegada das tropas aliadas "mestiças". Em
26 de janeiro de 1944, o Papa Pio XII despachou seu Secretário de Estado, o
cardeal Luigi Malgione, do lado do embaixador da Grã-Bretanha, próximo à Santa
Sé, sir Francis Godolphin d’Arcy Osborne, para lhe apresentasse um surpreendente
pedido para a atenção do comando das forças aliadas, o qual dizia em substância
que:
«O papa espera que não haverá
soldados de cor no seio das tropas aliadas que serão posicionados em Roma após
a liberação».
(Telegrama enviado e pedido de Pio XII em 26 de janeiro
de 1944)
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Francis Godolphin d’Arcy Osborne |
Sir d’Arcy Osborne transmitiu imediatamente, por telegrama,
o pedido do Santo Padre ao comando das forças aliadas. Em outro lugar, o
diplomata adicionou essa minúcia que mostrava toda a importância que Pio XII
conferia a essa exigência: « a Santa Sé
não fixa o limite do grau destas pessoas de cor, mas espera que seu pedido será
levado em conta ». Quando chegou o telegrama, o estado maior aliado ficou
surpreso e embaraçado, pelo que visava o pedido do soberano pontífice, não somente
os soldados afro-antilheanos e afroamericanos, mas também argelianos e marroquinos,
quer dizer uma grande parte das tropas engajadas na reconquista da cidade eterna,
até então nas mãos dos alemães. Mas, o que não é surpreendente, é que a decisão
foi tomada no sentido de não alterar em nada a composição racial das tropas,
para grande prejuízo do Santo Padre. Consignado nos arquivos do Foreign Office, o telegrama
de sir d’Arcy Osborne foi por muito tempo ignorado, antes de ser exumado
recentemente, suscitando debates públicos na Itália e nos Estados Unidos. Em
março de 2000, no célebre programa Sessenta Minutos, o padre Gumpel, advogado
encarregado do dossiê de beatificação de Pio XII, pego sem sustentar a defesa
de Pio XII e justificar seu pedido para o fato que ele havia sido informado de
numerosos casos de violações cometidas pelos G.I.’s afroamericanos sobre as
mulheres italianas.
Sete anos mais tarde, quando a imprensa transalpina se
refere, por sua vez, ao telegrama de sir d’Arcy Osborne, o diário conservador
Il Giornale voa ao socorro do papa, explicando igualmente que Pio XII não era racista, mas que havia feito,
na circunstância, nada mais que aplicar o sacrosanto
princípio de precaução. Convém recordar, que antes de se tornar papa,
Eugenio Pacelli foi núncio apostólico na Alemanha, onde testemunhou a
quantidade de roubos, violações e de assassinatos cometidos pelos «coloniais»
do exército francês, durante a ocupação da Renânia, após a Primeira Guerra
Mundial. Pio XII queria, por conseguinte, agindo assim, evitar que estes mesmos
fatos se reproduzissem, mas desta vez em grande escala, sobre o solo italiano. De
resto, quando era núncio apostólico na Alemanha, Eugenio Pacelli, o futuro Pio
XII, tinha se associado à campanha internacional do governo do Reich contra os
soldados negros do exército francês, estacionados no país, acusados de espalhar
a sífilis. Melhor ainda, Eugenio Pacelli apoiará com firmeza o
protesto da Liga Feminina da Renânia que denunciava a abertura, pelo
Estado-maior francês, de casas fechadas, onde as mulheres eram excessivamente
sujas pelos «indígenas», afronta para as mulheres brancas, fossem elas
prostitutas, livres assim da bestialidade dos soldados negros, e suplicou a Pio
XI, o papa de então, para agir o mais rapidamente possível, a fim de
sensibilizar o mundo para esta «vergonha
negra», e de obter das autoridades parisienses «a retirada das tropas francesas
de cor».
É, por conseguinte, o mesmo cenário que Pio XII não
queria ver reproduzir-se na « liberação » de Roma, em junho de 1944, e os
soldados negros que, malgrado o pedido de Pio XII, ocuparam a capital italiana,
também foram objeto de protestos do antigo cardeal que se tornou pontífice,
notadamente porque freqüentavam assiduamente os bordéis, um dos quais nas proximidades
do Vaticano, situado no n°186 da via Babuino. Pio XII, que achava a coisa ofensiva
à moral, obteve então o fechamento do estabelecimento. Nota-se que Pio XII, por preocupação de um grande rigor
moral, detestando o vício e fornicação, a impureza e o abrandamento dos
costumes, desejava que os aliados não livrassem Roma, para nela introduzir
soldados não europeus, à licença generalizada deixando desenrolar-se nos muros
da capital da catolicidade e quase sob as janelas do Vaticano, as cenas absolutamente
indecentes e escandalosas. (*)
(*) Nossa sociedade hipócrita luta por uma sociedade
sem preconceitos e estabelece duras sanções para quem pratique, induza ou
incite diferentes tipos de preconceitos. Uma luta estéril e estúpida quando
aplicada sem as devidas cautelas, pois da mesma forma que existem preconceitos
arbitrários, que reproduzem apenas uma maneira específica de ofender
determinados grupos, existem preconceitos
justos, baseados na experiência e, portanto, norteados por cálculos psico-sociais
que acabam por se aproximar da virtude da prudência, como é o exemplo ilustrado
neste tópico. Pio XII não foi um racista em si, ou seja, não conservava aversão
a outras raças, o que é um pecado, mas pecado não é conservar certos
preconceitos raciais desde que não sejam arbitrários. Ora, hoje a ciência
prova que níveis mais altos de testosterona no sangue estão implicados na
tendência a maiores explosões de agressividade, e, por conseguinte, na prática
de crimes violentos, especialmente crimes sexuais. Níveis de testosterona
explicam por qual motivo homens jovens estão desproporcionalmente representados
em estatísticas de crime, por que homens praticam mais crimes que mulheres e
explicam em parte por que negros praticam mais crimes violentos que brancos, já
que sua taxa média de testosterona no sangue é 19% maior, motivo pelo qual
costumam sofrer mais de câncer de próstata. Sendo assim, o preconceito racial
do Santo Padre tinha lá seus fundamentos. Conforme já discutido em vários
artigos, em especial "Uma apologia ao preconceito", minar certos
preconceitos acaba por colidir com o princípio da autoconservação da espécie, de maneira que uma lei que promete proibir
todo tipo de preconceito em âmbito social é uma lei que além de pretensiosa é
anti-natural. Chamo de início a sociedade de hipócrita, pois ainda que ela diga
não conservar preconceitos, não o faz da boca pra fora, mas conserva-os internamente.
Por isso é uma sociedade efeminada, sem coragem para dizer a verdade e que luta
contra a verdade.
Titulo original: Pio XII sustentava preconceitos
raciais
(alterado para melhor
compreensão)
Fonte: roberto-cavalcanti.blogspot.com.br
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